sexta-feira, 4 de junho de 2010

Energia Nuclear

Introdução
Desde que existe vida humana, que esta depende totalmente do meio ambiente, e dos seus recursos. O Homem consome, e depende cada vez mais dos bens materiais, é este elevado consumo que exige demasiado da Natureza, e dos recursos que esta possuí.
Actividades como, o desenvolvimento industrial, a expansão dos transportes e o crescimento demográfico, não têm parado de aumentar, que por sua vez causa o elevado aumento dos consumos mundiais, embora de forma desigual, fazendo com que cada vez mais se recorra aos recursos energéticos não renováveis e renováveis que nos fornecem energia.
O Homem, de hoje em dia, serve-se cada vez mais dos recursos não renováveis, devido aos elevados custos e a pouca rentabilidade dos recursos renováveis.
A energia Nuclear e a sua possibilidade de utilização, que possuí elevados riscos, mas em contrapartida também possuí benefícios, faz com que esta esteja a gerar variadas discussões a níveis internos e externos do país. Esta é vista como uma possível fuga ao alto consumo, e dependência do petróleo, mas como todas as outras energias teremos de fazer um balancete dos seus prós e contras.


Energia Nuclear
A energia nuclear está no núcleo dos átomos, nas forças que mantém unidos os seus componentes – as partículas subatómicas. Esta é libertada sob a forma de calor e energia electromagnética pelas reacções nucleares.
Esta energia provém do urânio, principalmente, mas também pode ser do tório e do plutónio, se bem que nos principais casos é do urânio.

Recurso Energético utilizado
Existem dois tipos de recursos energéticos utilizados para produzir energia nuclear, o urânio e o Tório, dois mineiros radioactivos, embora seja o urânio o mais utilizado e conhecido, devido as reservas de urânio serem abundantes, o que não se põe em causa o seu esgotamento a curto – médio prazo. O urânio é utilizado como combustível nos reactores nucleares, sob a forma de óxido, de liga metálica, ou ainda, de carboneto.
Certos reactores utilizam o urânio natural, mas a grande maioria, como o caso dos reactores moderados e arrefecidos com água normal, que equipam mais de dois terços das centrais nucleares usam como combustível, o urânio enriquecido.
O urânio é um elemento químico de símbolo U e de massa igual a 238 (92 protões e 146 neutrões). O urânio quando se encontra á temperatura ambiente encontra-se no estado sólido, este foi o primeiro elemento onde se descobriu a propriedade da radioactividade, foi descoberto em 1978.
A mais importante aplicação do urânio é a energética.
Principais Produtores e consumidores de Urânio

Fissão Nuclear
A fissão nuclear é o processo de quebra de núcleos atómicos grandes em núcleos atómicos menores, libertando assim uma grande quantidade de energia. Esta fissão nuclear ocorre através do bombardeamento do núcleo atómico pesado e instável com neutrões, esta fissão raramente ocorre de forma espontânea na natureza. Este processo, em reacção em cadeia, tem de ser realizado de forma controlada em condições de segurança absoluta, pois caso contrário pode provocar terríveis acidentes libertando altos níveis de radiactividade, este processo deve ser realizado no reactor nuclear, que é uma peça fundamental numa central nuclear.
. O urânio – 235, por exemplo, ao ser bombardeado com neutrões, reparte-se em dois núcleos atómicos mais pequenos.

. Este processo realizado de forma sucessiva é denominado de reacção em cadeia. Esta reacção em cadeia denominada de controlada, é o processo utilizado num reactor nuclear.

Funcionamento de centrais Nucleares
O grande objectivo das centrais nucleares é controlar as reacções nucleares em cadeia de modo a que a energia seja libertada de forma gradual sob a forma de calor. Tal como nas centrais que usam combustíveis fosseis, o calor é usado para ferver água de modo a produzir vapor, que por sua vez irá fazer funcionar uma turbina, conseguindo assim gerar energia eléctrica.


Funcionamento de um reactor Nuclear:
Combustível
Num reactor nuclear são combinados o combustível e o emprego de um material moderador. Por norma, o urânio serve de combustível com o conteúdo de 3% de urânio – 235, quase sempre sobre a forma de dióxido de urânio, que posteriormente é prensado em forma de grandes pastilhas que posteriormente são introduzidos em grandes tubos, com vários metros de comprimento, fabricados com ligas especiais.

Tubos
Os tubos têm como função evitar que os produtos que resultam da combustão do urânio, parte gasosos e altamente radioactivos, contaminem o interior do reactor. Estes resíduos não podem chegar ao liquido refrigerante do reactor, pois caso estes alcancem o líquido refrigerador e haja um fuga destes mesmos líquidos irá haver um grave contaminação do ambiente .

Material Moderador
O material moderador durante a reacção com o urânio – 235 liberta elevadas quantidades de neutrões, este enorme fluxo chega ao moderador que rodeia os módulos de combustível ou até que está misturado em parte com este, reduzindo-o, e controlando a reacção.
Os moderadores líquidos têm uma função de grande importância, devido á sua acção como meio refrigerante. Este tipo de moderadores não só absorvem a energia térmica libertada pelo abrandamento dos neutrões, mas também arrefece os módulos de combustível aquecidos durante a reacção.

Barras de controlo
As barras de controlo que são introduzidas no núcleo do reactor, compostas de um material que absorve parte dos neutrões libertados durante a reacção em cadeia. Ao retirar e ao introduzir estas barras de controlo consegue-se regular as flutuações no desenvolvimento da reacção, e existe a possibilidade de se conseguir que os módulos de combustível sejam utilizados de forma uniforme. A principal, e sem duvida a mais importante função das barras de controlo é a de fazer cessar as reacções nucleares em cadeia em caso de existência de perigo.

No núcleo do reactor nuclear estão presentes o combustível nuclear e as barras de controlo


Tecnologia dos reactores nucleares
Os reactores nucleares servem, principalmente, para gerar elevadas quantidades de energia térmica, por isso não são utilizados para a produção de energia eléctrica. Visto que nem toda a energia térmica consegue ser transformada em energia eléctrica, as centrais nucleares mais avançadas, atingem um rendimento de apenas 35%. A restante energia térmica compõe-se de calor residual que não é aproveitado para gerar vapor propulsor, e que é condensado nas torres de refrigeração

Esquema de Funcionamento

Principais tipos de reactores:
Existem três tipos de reactores nucleares:
Reactores de água Normal
Os reactores de água normal, que são os de uso mais frequente, funcionam com urânio ligeiramente enriquecido e água normal, aqui funcionando como moderador.
Reactores de altas temperaturas:
Os reactores de altas temperaturas são utilizados principalmente pelo Reino Unido, que está entre os sistemas mais avançados, este género de reactores oferecem vantagens em relação aos reactores de água normal, visto que usa um gás como meio refrigerante, hélio.
Reactores Reprodutores:
Os reactores reprodutores são de interesse de todos os estados com importantes instalações nucleares, e o seu desenvolvimento, visto que só com este tipo de reactores é possível aproveitar as limitadas existências de urânio na Terra.

Controlar os riscos de funcionamento de um reactor:
Os componentes de um reactor nuclear, o combustível, o moderador, o meio refrigerante e as barras de controlo, todos eles se encontram instalados dentro de um grande contentor sob pressão. Contentores fabricados com aço, cimento pré – esforçado e rodeados com várias envolturas, nestes contentores as exigências são extremamente elevadas, a impermeabilidade e a estabilidade das camadas envolventes, a fim de garantir um baixo risco de acontecer um acidente, e de modo a que não haja fuga de radioactividade.

Central Nuclear pressurizada.

As varias gerações de reactores nucleares
. A 1º geração - corresponde ao primeiro reactores industriais, utilizados e construídos nos anos 60.
. A 2º geração – são os que, normalmente, estão hoje em dia em actividade.
. A 3º geração – são uma evolução tecnologia dos reactores de 2º geração, que hoje em dia já se encontram disponíveis no mercado, mas só as centrais de alta tecnologia, modernas e mais recentes os possuem.
. A 4º geração - estes reactores ainda estão es estado de protótipo, são reactores que tentam aplicar novos conceitos.





Resíduos Nucleares
Cada central Nuclear converte, através de fissão nuclear, barras de urânio em resíduos nucleares altamente radioactivos, por este motivo têm de ser protegidos e armazenados de forma segura fora do alcance de pessoas, animais e plantas durante centenas de milhares de anos.
Há cerca de 50 anos que existem centrais nucleares em actividade, no entanto, até hoje não se sabe como se deve armazenar os resíduos nucleares e o que fazer com eles. Não existe em qualquer parte do mundo um método para uma eliminação segura dos resíduos nucleares.
Enquanto um reactor nuclear esta em funcionamento, algum do urânio é convertido noutros materiais, que se vão depositando nos elementos combustíveis. O combustível perde a sua eficiência na produção de calor, tornando-se assim necessária a sua substituição.
O combustível usado é removido do reactor, arrefecido em água e sujeito a um reprocessamento, onde se geram três grupos de materiais:
. Urânio, que irá novamente servir de combustível.
. Plutónio, utilizado também como combustível e em alguns casos é também utilizado como material de armamento.
. Lixo nuclear.



Tipos de lixo nuclear:

Lixo de alto Nivel
O lixo de alto nível são os resíduos que contem produtos gerados durante o processo de fissão, com altos níveis de radioactividade. A radioactividade libertada por este resíduo degenera-se com relativa rapidez no início, embora continue perigoso durante milhares de anos devido ao seu conteúdo actinídeo, os materiais actinídeos possuem uma radioactividade de baixa intensidade, mas possuem uma vida muito longa.

Lixo de nível intermédio:
O lixo de nível intermédio é produzido em variados processos que envolvem matérias radioactivas, embora apresentem menos perigo que os resíduos de alto nível.

Lixo de baixo nível:
Este tipo de lixo de baixo nível é produzido por hospitais, laboratórios, indústrias e centrais nucleares, devem ser manuseados com alguma precaução.
A descarga destes tipos de resíduos radioactivos no ambiente é bastante perigosa, visto que pode causar danos quer para o Homem, quer para as restantes espécies e ecossistema.

Impacto Ambiental da energia Nuclear
Desde que foi descoberta a radioactividade, que os cientistas de todo o mundo se debruçam cada vez mais em formas de evitar acidentes e prejuízos para a saúde, o que ocorre com frequência nas fases iniciais de investigações. É de conhecimento e consciência geral o perigo que podem causar exposições a radiações radioactivas, mas de conhecimento de poucos que esta exposição e natural, que faz parte do nosso quotidiano, e que possuímos defesas naturais no nosso sistema imunitário, mas que também tem limites.

Efeitos das radiações
Nos seres vivos os efeitos causados pela exposição a radioactividade manifestam-se a dois níveis:
. Nível somático, cuja expressão máxima é a morte.
. Nível genético, que é responsável pelo aumento de mutações, podendo assim originar aberrações genéticas nas gerações posteriores.
Estes efeitos dependem da natureza da radiação, do seu tempo de vida, da intensidade e dos órgãos onde esta é acumulada, e tal como varia os efeitos, também varia a sua capacidade de penetração nos tecidos.
Os neutrões e os raios gama são os que mais facilmente alcançam o interior do organismo, e são estes que são libertados em explosões nucleares ou em acidente nos reactores.
Existem partículas que só se tornam prejudiciais se entrarem directamente no organismo, normalmente por via da alimentação ou pelo ar que respiramos. Quando uma radiação incide num tecido biológico, altera as características químicas das moléculas destes, que ou matam a célula ou originam divisões nesta não controláveis. No primeiro caso o organismo elimina e substitui as células mortas, mas no segundo caso na maioria dos casos acaba por se gerar tumores malignos. Devido a estas reacções é que e tão perigoso e temido os acidentes nucleares.
O pó radioactivo que por vezes e extremamente fino pode com facilidade introduzir-se no organismo e aí ficar acumulado.

Energia Nuclear em Portugal
Em Portugal, actualmente, não se produz energia nuclear, nem possuímos projectos governamentais para que Portugal inicie a sua produção a curto prazo. Com a elevada procura pelo minério, urânio, Portugal está a ser foco de alguns estudos por parte de empresas internacionais, visto que, actualmente, a produção nacional de urânio nas minas da Urgeiriça destina-se, na sua totalidade, á exportação, dado que o país não possuí centrais nucleares.


Distribuição do urânio por Portugal Continental

Vantagens e Desvantagens da produção de Energia nuclear
A energia nuclear é uma energia não renovável, que como todas as outras tem as suas vantagens e desvantagens. Começando pelas vantagens consideremos que a energia nuclear:
. É um combustível mais barato que muitos outros como por exemplo o petróleo, o consumo e a procura ao petróleo fez com que o seu preço disparasse, fazendo assim, com que o urânio se tornasse um recurso, comparativamente com o petróleo, um recurso de baixo custo.
. É uma fonte mais concentrada na geração de energia, uma pequeno pedaço de urânio pode abastecer um cidade inteira, fazendo assim com que não sejam necessários grandes investimentos no recurso.
. Não causa nenhum efeito de estufa ou chuvas ácidas;
. É fácil de transportar como novo combustível;
. Tem uma base científica extensiva para todo o ciclo.
. É uma fonte de energia segura, visto que até a data só existiram dois acidentes mortais.
. Permite reduzir o défice comercial.
. Permite aumentar a competitividade.
Apesar das suas vantagens esta energia também tem as suas desvantagens tal como:
. Ser uma energia não renovável, como referido anteriormente, torna-se uma das desvantagens, visto que o recurso utilizado para produzir este tipo de energia se esgotará futuramente.
. As elevadas temperaturas da água utilizada no aquecimento causa a poluição térmica pois esta é lançada nos rios e nas ribeiras, destruindo assim ecossistemas e interferindo com o equilíbrio destas mesmas.
. O risco de acidente, visto que qualquer falha humana, ou técnica poderá causar uma catástrofe sem retorno, mas actualmente já existem sistemas de segurança bastante elevados, de modo a tentar minimizar e evitar que estas falhas existam, quer por parte humana, quer por parte técnica.
. A formação de resíduos nucleares perigosos e a emissão causal de radiações causam a poluição radioactiva, os resíduos são um dos principais inconvenientes desta energia, visto que actualmente não existem planos para estes resíduos, quer de baixo ou alto nível de radioactividade, estes podem ter uma vida até 300 anos após serem produzidos podendo assim prejudicar as gerações vindouras.
. Pode ser utilizada para fiz bélicos, para a construção de armas nucleares, está foi uma das primeiras utilizações da energia nuclear, os fins bélicos são a grande preocupação nível mundial, porque projectos nucleares como o do Irão, que ameaçam a estabilidade económica e social.
. Ser uma energia cara, visto que tanto o investimento inicial, como posteriormente a manutenção das energias nucleares são de elevados custos, até mesmo o recurso minério, visto que existem países que não o possuem, ou não em grande abundância, tendo assim, que comprar ao estrangeiro.
. Os seus efeitos, visto que na existência de um acidentes, as consequências deste iram fazer-se sentir durante vários anos, visto que a radioactividade continuará a ser libertada durante vários anos.

Conclusão
A energia nuclear é, sem dúvida, o futuro das energias, actualmente, cada vez mais são os projectos desenvolvidos pelos países de forma a apostar nesta energia, e os que já produzem apostam cada vez mais nesta forma de energia rentável.
É uma energia com inúmeras vantagens, tanto a nível energético, como ambiental e económico, mas como contrapeso as suas desvantagens são demasiado pesadas para qualquer país, os acidentes afectam sempre em grande escala a população, durante anos irão prejudicar e pôr em causa vidas das gerações presentes e vindouras, é um fardo demasiado grande para qualquer país.
A radioactividade, descoberta em 1896, tem inúmeras utilidades, estas cada vez mais utilizadas a larga escala no nosso planeta. Um dos grandes medos, a nível mundial, é que a energia nuclear seja utilizada para fins bélicos, como em Hiroshima, causando assim danos irreversíveis, e que expluda, a nível mundial uma guerra nuclear.
Na nossa opinião a energia Nuclear poderá ser uma possibilidade a por em uso, mas o país que o fizer, tem de estar disposto desde então, a carregar o pesado fardo em caso de acidente, tal como a população desse país, caso aprove a sua utilização.
Bibliografia
Toda a informação que consta ao longo deste trabalho foi retirada, para posteriormente ser tratada por nós, nas seguintes fontes:
Internet:
http://atomico.no.sapo.pt/04_03.html
http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/fissao-nuclear.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_nuclear
http://www.abcdaenergia.com/enervivas/cap07.htm
http://www.cfn.ist.utl.pt/pt/consultorio/listA.html
Livros:
Enciclopédia Temática Juvenil, Editora: Multilar, 10º Edição
Geografia 10 – parte 2, Editora: Areal Editores, Autor: Claúdia Lobato
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/geografia/10energianuclear.htm

Recursoso geológicos - Exploração sustentada

Os recursos geológicos que estão na base da organização das sociedades industrializadas são as fontes energéticas – água, produtos minerais metálicos e não metálicos. Materiais como o vestuário, habitações, transportes, materiais informáticos são extraídos da Terra.
É notável a dependência dos recursos da Terra para a Humanidade. Com o passar e o desenvolvimento dos tempos, a relação entre o passado e o presente tornou-se diferente na medida em que, actualmente, se explora muito mais e melhor esses recursos do que antigamente.
Consequentemente, a utilização dos recursos nas sociedades humanas, a evolução e o aumento demográfico, conduziram a uma elevada exploração de mais e maiores quantidades de recursos.
O avanço tecnológico implica que o ser humano fique cada vez mais dependente dos recursos geológicos.

Ø Quais os principais recursos geológicos?
O petróleo (líquido) – óleo mineral do qual se extraem numerosas substâncias de valor económico muito importante; líquido obtido por destilação do petróleo natural, empregado como combustível – o carvão (sólido) – substância vegetal ou mineral obtido por meio de combustão da matéria orgânica – e o gás natural (gasoso) são os principais recursos geológicos.

Ø Quais os recursos que são renováveis e não renováveis?
Entende-se por recursos geológicos todos os bens de natureza geológica existentes na crusta terrestre passíveis de aproveitamento.
As substâncias de natureza geológica – sólida, líquida e gasosa – ou mesmo o calor geotérmico, podem classificar-se como recurso geológico. A utilização desses recursos depende da sua concentração na crusta terrestre de modo a permitir a rentabilidade da sua exploração.
Denomina-se reserva um recurso geológico conhecido que possa ser explorado, quer do ponto de vista legal, quer económico.
Relativamente aos recursos geológicos, estes são, geralmente, recursos não renováveis. Este tipo de recursos têm um processo de formação muito lento e, face ás diversas taxas de consumo, rapidamente se esgotam, não seno possível a sua renovação à escala da vida humana.

A água, por exemplo, como outro recurso geológico pode ser reposto a medida que é consumido, sendo, por isso, considerado um recurso renovável.
No caso das aguas subterrâneas, se estas forem utilizadas a um ritmo mais elevado do que a taxa de reposição, podem tornar-se um recurso não renovável.

Ø Que modificações podem advir nas sociedades perante a escassez de combustíveis fosseis?
Os combustíveis fósseis resultam de transformações da matéria orgânica e podem ocorrer na crusta terrestre sob três formas: petróleo bruto, carvão e gás natural.
Dada a morosidade dos processos que intervêm na sua génese, os combustíveis fósseis são assim considerados recursos não renováveis.
O uso intensivo e excessivo dos combustíveis fósseis contribui para o aumento de gases na atmosfera causadores do efeito de estufa, o que conduz a graves alterações climáticas.
A localização das diversas reservas dos combustíveis fósseis está concentrada em regiões restritas do planeta, o que tem conduzido a graves conflitos entre os vários. Agrava-se o facto destes países serem fortes poluidores e, por conseguinte, com fortes impactos na qualidade de vida das populações.
Actualmente, uma das grandes preocupações e ambições é encontrar outras fontes de energia alternativas aos combustíveis fosseis como por exemplo: a energia nuclear e as energias renováveis
- Energia nuclear («Um sonho ou um pesadelo?»)
Descoberta durante o século XX, a energia nuclear fez mudar a história da Humanidade. Inicialmente, este tipo de energia foi visto como uma grande e potencial fonte energética para o mundo. Contudo, a energia nuclear rapidamente foi associada ao fabrico de armas de destruição maciça com capacidade para liminar a civilização humana. A forma de obter energia a partir de minerais radioactivos é substancialmente diferente da que se utiliza com combustíveis fosseis. Assim, a energia libertada durante uma combustão provem das ligações químicas de compostos que os constituem.
A energia nuclear envolve mudanças dos núcleos atómicos dos materiais utilizados nessas reacções.
A produção de energia eléctrica envolvendo reacções nucleares tem sido muito discutida, uma vez que implica elevados custos ambientais, nomeadamente se ocorrerem acidentes nas centrais nucleares e também ao facto de os resíduos produzidos durante este processo serem altamente prejudiciais para a sobrevivência.
A utilização da energia nuclear (minerais radioactivos), se não for gerida de uma forma sustentada, conduzira ao seu rápido esgotamento, uma vez que a maior parte destes bens geológicos são recursos não renováveis.
Desta forma, as opiniões de opositores e defensores da energia nuclear como alternativa aos combustíveis fosseis dividem-se levantando serias polémicas.
- Energias renováveis: Energia geotérmica, energia eólica, energia hídrica.

Ø Qual a importância dos recursos minerais no nosso dia-a-dia?
Os recursos minerais são recursos em que se utilizam elementos químicos existentes na crusta terrestre. Apenas em zonas muito restritas do planeta podemos encontrar elementos químicos em concentrações superiores a da concentração média na crusta terrestre. Dá-se o nome de clarke a concentração média de um elemento químico na crusta terrestre. Assim, podemos considerar que num local existe um jazigo mineral quando a concentração media de um determinado elemento químico aí identificado e muito superior ao clarke desse elemento. Teremos um minério quando um mineral ou agregados de minerais sólido ocorre na natureza, com interesse económico e a partir do qual se pode obter um ou mais constituintes.
Os minerais resistentes que são transportados pela água, concentrando-se em certas zonas dos cursos de água, constituindo jazigos que se designam por placers.
Águas subterrâneas
http://www.infopedia.pt/$aguas-subterraneas

Reservatórios de água subterrânea – Aquíferos
Um aquífero é uma unidade geológica que contém água e que pode ceder em quantidades economicamente aproveitáveis.Também deve constituir uma unidade natural (rochas), cujo comportamento seja susceptível de ser simulado através de modelos numéricos, com o objectivo de apoiar tarefas de gestão, tanto qualitativa com quantitativa e cujas características de porosidade e de permeabilidade permitem que, em profundidade, possam acumular e libertar grandes quantidades de água.
Diferentes tipos de aquíferos:
Num aquífero cativo, a formação geológica onde a água que se acumula é limitada por duas camadas permeáveis.
Num aquífero livre, apenas a camada da base é impermeável, sendo a mais superficial impermeável.
A água que se encontra acumulada no aquífero livre está á mesma pressão que a pressão atmosférica, enquanto que no aquífero cativo a água encontra-se a uma superior à pressão atmosférica.
A recarga de um aquífero livre realiza-se através das camadas mais superficiais. Como no aquífero cativo a camada superior é impermeável, a recarga e efectuada lateralmente.

Vídeo de um deslizamento de terras

http://www.youtube.com/watch?v=aPpKd49MknA&feature=related

Notícia sobre o vulção islandês



Meio Ambiente 16.04.2010
Cinza do vulcão islandês ameaça aviões e vida animal

Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:
Formada por pó, gás, vapor de água, silício e enxofre, a cinza do vulcão islandês pode ser nociva a aviões e animais. No norte da Europa, o fechamento de aeroportos torna caótica a situação do tráfego aéreo.

Depois da erupção do vulcão Eyjafjallajökull, na Islândia, foram fechados diversos aeroportos na Inglaterra, Escandinávia e Alemanha. O motivo é a presença da cinza vulcânica no ar, que põem em risco os aviões.
A mistura de pó, gás, vapor d'água e silício, entre outras substâncias, foi lançada com tamanha força pelo vulcão que atingiu até 10 quilômetros de altura. Por diversos motivos, essa fuligem pode ser prejudicial ao funcionamento de aviões.
Ao se depositar na superfície das aeronaves, ela esfria e forma partículas vítreas que agem como uma lixa, danificando o revestimento e o perfil do avião e comprometendo sua propulsão. Além disso, arranha o pára-brisa das aeronaves, tirando completamente a visibilidade dos pilotos.
Perigo para aviões
Bildunterschrift: Caos em Frankfurt após cancelamento de todos os voos
Outro grande perigo é o silício contido na cinza vulcânica, que derrete a menos de 1.200ºC, a temperatura no interior das turbinas das aeronaves. O material derretido gruda nas hélices e nas paredes das turbinas, impedindo a passagem de ar e causando a parada do motor.
Para realizar a combustão, os motores a querosene precisam de oxigênio, cuja concentração é baixíssima na nuvem de cinza vulcânica. Esta é outra possível causa para a interrupção do funcionamento dos motores.
Além disso, os sensíveis aparelhos de medição podem ser gravemente danificados pelas partículas de fuligem. Elas obstruem os sensores de velocidade e altura, impossibilitando a manobra das aeronaves.
Segundo uma publicação especializada, mais de 90 jatos foram danificados por erupções vulcânicas nos últimos 30 anos. Durante a eclosão do Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, registraram-se 20 casos.
Violência excepcional
Ulrich Schreiber, vulcanólogo da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, acrescenta que a situação da Islândia é especial, pois o vulcão encontra-se em área coberta por neve e gelo. Segundo ele, a água gerada pelo derretimento aumentou enormemente a potência da erupção.
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"As forças eruptivas envolvidas são enormes. Água em contato com temperaturas elevadas e sob pressão gera, justamente, explosões. Além disso, temos um enorme transporte de material livre, micropartículas, para a atmosfera", explicou Schreiber.
Segundo o vulcanólogo, há possíveis riscos para a fauna da região. "A cinza por si só não seria grave, mas sim os elementos contidos nos gases, como flúor e enxofre, que são muito prejudiciais à saúde dos animais", explica.
O material tóxico se deposita sobre o pasto, sendo ingerido juntamente com o capim. "Já houve, na história da Islândia, frequentes mortes de gado em conseqüência de teores altos de enxofre", lembra Schreiber.
Risco humano
Para o especialista, em princípio, a cinza do vulcão não ameaçaria a saúde humana. Porém no caso de uma concentração extrema de dióxido de enxofre, asmáticos e pessoas de saúde comprometida poderiam apresentar sintomas.
Ainda é possível que a cinza atinja toda a Europa, atravessando o Oceano Atlântico e alcançando os Estados Unidos. Segundo vulcanólogos e meteorologistas, os problemas podem se estender por dias, semanas ou até meses.

Autor: Andreas Ziemons / Gudrun Heise (DD)Revisão: Augusto Valente

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,5475344,00.html

Rochas Metamórficas

Em consequências do dinamismo terrestre, uma rocha formada em determinado domínio pode ser deslocada para zonas onde predominam outras condições. Se aprofundam na crosta, ficam submetidas a pressões e a temperaturas elevadas, bem como envolvidas, por vezes, por um ambiente químico diferente.Nas novas condições as rochas tornam-se instáveis e, embora mantendo-se no estado sólido, experimentam transformações mais ou menos profundas, que podem incluir alterações mineralógicas e modificações na distribuição e orientação dos minerais. São estas condições que caracterizam o metamorfismo, pelo qual se originam rochas metamórficas como os gnaisses e os micaxisto.

Os principais factores do metamorfismo:
-Calor;
-Pressão;
-Fluidos de circulação;
-Tempo.

Estes factores podem não actuar simultaneamente em todos os casos. Pode ocorrer, por exemplo, metamorfismo das rochas que ficam em contacto com uma intrusão magmática. Neste caso, o principal factor é o calor e alguns fluidos que se escapam do magma.As rochas magmáticas não são vulgarmente fossilíferas, pois como se formam em condições de temperatura elevada os restos de seres vivos são destruídos, não deixando vestígios. No entanto cinzas vulcânicas possuem frequentemente fósseis, assim como certas escoadas lávicas. As elevadas pressões que presidem á gnaisses de muitas rochas metamórficas podem deformar ou mesmo destruir os fósseis que existiam nas rochas sedimentares que se originaram. Essas pressões são também responsáveis nessas rochas, ficando realinhados em determinadas direcções

Rochas Magmáticas

As rochas magmáticas resultam da consolidação de material de origem profunda, formado por uma mistura complexa de silicatos em fusão (entre os 800 e 1500 ), com uma percentagem considerável de gases. Esse material designa-se de magma. A temperatura, a pressão, o teor em água e o ponto de fusão dos minerais são factores que condicionam a formação dos magmas.
Dependendo da localização da consolidação dos magmas temos as rochas magmáticas intrusivas (consolidam em profundidade) e as rochas magmáticas extrusivas (consolidam à superfície).
A textura das rochas também vai depender do local da sua consolidação. Assim sendo temos dois tipos de textura: a textura granular (ou fanítica), que é característica das rochas intrusivas que são formadas por cristais relativamente desenvolvidos e visíveis a olho nu; e a textura agranular (ou afanítica), que é característica de rochas extrusivas que são formadas por cristais de pequenas dimensões e matéria não cristalizada.
Dependendo do teor em sílica e em gases temos três tipos de magmas: o magma basáltico que é constituído por cerca de 50% de sílica e uma pequena quantidade de gases; o magma andesítico, constituído por cerca de 60% em sílica e bastantes gases dissolvidos; e o magma riolítico, constituído por cerca de 70% em sílica e muitos gases dissolvidos. Cada um destes magmas origina rochas características em ambientes também característicos:
-O magma basáltico origina o gabro se consolidar em profundidade e o basalto se consolidar à superfície. Estas rochas são formadas em limites divergentes das placas tectónicas (riftes) ou em pontos quentes.
-O magma andesítico origina o diorito se consolidar em profundidade e o andesíto se consolidar à superfície. Estas rochas formam-se a partir do magma resultante da colisão entre uma placa continental e uma placa oceânica ou do magma resultante entre movimentos convergentes da crosta.
-O magma riolito origina o granito se consolidar em profundidade e o riolito se consolidar à superfície. O magma resulta do choque de duas placas continentais com consequente formação de cadeias montanhosas.


A formação dos cristais destas rochas depende de factores externos (agitação do meio em que se formam, o tempo, o espaço disponível e a temperatura) e de factores internos , isto é da estrutura cristalina.

O isomorfismo consiste na existência de minerais que embora sejam quimicamente diferentes apresentam uma estrutura cristalina idêntica e formas externas semelhantes. Esses minerais designam-se por substâncias isomorfas.
O polimorfismo caracteriza-se pela existência de minerais que têm a mesma composição química mas apresentam redes cristalinas diferentes, por exemplo, o diamante e a grafite são minerais polimorfos.


Bibliografia:
Terra, universo de vida, 2º parte – Geologia 11ªano, Porto Editora

Rochas Sedimentares

Antes de descrever da génese das rochas sedimentares, é necessário explicar o que são os sedimentos. Sendo assim sedimentos são materiais derivados da desagregação de rochas magmáticas, metamórficas e/ou sedimentares. Podem ter origem detrítica, química ou biogénica. Essa origem classificará o tipo de rocha sedimentar.

A formação das rochas sedimentares ocorre à superfície da Terra. A génese destas rochas implica duas etapas fundamentais: a sedimentogénese e a diagénese.

Durante a sedimentogénese ocorrem vários processos: a meteorização, a erosão, o transporte e a sedimentação.
A meteorização consiste nas alterações físicas e/ou químicas das rochas, podendo ser de dois tipos: meteorização física ou meteorização química.
A meteorização física consiste na desagregação de fragmentos de dimensões cada vez menores, o que implica que aumente a superfície exposta aos agentes da meteorização, mantendo as características do material original. A água, o vento, o gelo, o calor e os seres vivos são alguns dos agentes desta meteorização.
A meteorização química é caracterizada pela alteração quer na composição química, quer na composição mineralógica. Os mecanismos de alteração química são complexos, mas podemos destacar a hidrólise, a oxidação e a carbonatação como os mais importantes. A hidrólise caracteriza-se pela ocorrência reacções de alteração química que envolvem água, levando à formação de novos minerais com desintegração do mineral original. A oxidação resume-se a reacções que envolvem o oxigénio provocando oxidações, por exemplo, o ferro que está na constituição de algumas rochas é facilmente oxidado passando a ferroso. A carbonatação ocorre na presença de águas acidificadas que reagem com as rochas, alterando e destruindo alguns dos seus minerais.
Após a meteorização das rochas, as partículas desagregadas vão ser removidas dos locais onde foram originadas pelos agentes erosivos (por exemplo a agua e o vento). Este processo denomina-se erosão.
Os materiais resultantes da meteorização das rochas podem ficar acumulados no local de origem formando depósitos residuais, mas na maioria dos casos são transportados, principalmente pela água e pelo vento. Durante o transporte os materiais sofrem algumas alterações, das quais se destacam o arredondamento e a granosselecção. O arredondamento dos detritos, devido ao choque entre eles, vão perdendo as suas arestas e os seus vértices, e a partir do seu grau de arredondamento podemos analisar a duração do transporte. A granosselecção consiste na selecção e separação das partículas consoante o seu tamanho, forma e densidade.
Quando no agente transportador perde a energia, os materiais depositam-se. Este processo denomina-se sedimentação. A deposição ocorre, em regra, segundo camadas sobrepostas horizontais e paralelas, principalmente se a sedimentação ocorrer em ambientes aquáticos. As camadas denominam-se estratos.

Após a sedimentogénese, a etapa que se sucede é a diagénese.
Depois da deposição, os sedimentos, geralmente, transformam-se em rochas sedimentares. Para que tal aconteça, intervêm processos físico-químicos diversos, que no seu conjunto constituem a diagénese. Alguns desses processos são a compactação e a cimentação.
À medida que a sedimentação prossegue, novas camadas se sobrepõem, aumentando assim a pressão entre as camadas, o que se denomina compactação. Essa pressão leva à expulsão da água existente nos interstícios dos materiais, provocando a aproximação das partículas, diminuindo assim o volume da rocha tornando-a mais compacta e densa. Seguidamente ocorre a cimentação que consiste no preenchimento dos espaços vazios entre os detritos com materiais de neoformação, resultantes da precipitação de substâncias dissolvidas na água que constituem um cimento que liga os detritos formando uma rocha sedimentar consolidada.

Tipos de rochas sedimentares:
Detriticas - são as rochas formadas a partir de detritos de outras rochas. Alguns exemplos são o arenito, o argilito, o varvito e o folhelho.
Químiogénicas - resultam da precipitação de substâncias dissolvidas em água. Alguns exemplos são o sal-gema, as estalactites e as estalagmites.
Biogénicas - são rochas formadas por restos de seres vivos. Alguns exemplos são o calcário conquifelo, formado através dos resíduos de conchas de animais marinhos; o carvão e o petróleo, formado a partir dos resíduos de vegetais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rocha

Minerais

Mineral é um corpo natural sólido e cristalino formado em resultado da interacção de processos físico-químicos em ambientes geológicos. Cada mineral é classificado e denominado não apenas com base na sua composição química, mas também na estrutura cristalina dos materiais que o compõem. Em resultado dessa distinção, materiais com a mesma composição química podem constituir minerais totalmente distintos em resultado de meras diferenças estruturais na forma como os seus átomos ou moléculas se arranjam espacialmente (como por exemplo a grafite e o diamante). Os minerais variam na sua composição desde elementos químicos, em estado puro ou quase puro, e sais simples a silicatos complexos com milhares de formas conhecidas.

http://www.wikipedia.org/

Propriedades dos minerais:
As propriedades dos minerais dividem-se em dois grupos: propriedades físicas, que se subdividem em propriedades ópticas (cor, risca e brilho), propriedades mecânicas (clivagem, fractura e dureza) e densidade, e propriedades químicas.

PROPRIEDADES FÍSICAS:
Propriedades ópticas:

A cor dos minerais corresponde à forma como este absorve a luz natural difusa. Os minerais, segundo esta propriedade, podem ser idiocromáticos se apresentarem sempre a mesma cor (ex: pirite, malaquite, etc.) ou alocromáticos se apresentarem cor variável (ex: o quartzo pode ser incolor, branco, róseo ou lilás).

A cor do mineral quando é reduzido em pó corresponde à risca. Esta propriedade óptica é determinada friccionando o mineral sobre uma placa de porcelana fosca.

O brilho de um mineral consiste no efeito produzido pela quantidade e intensidade de luz reflectida numa superfície de fractura recente do mineral. O brilho pode se metálico, sub – metálico ou não metálico. O brilho não metálico pode ser: sedoso, vítreo, adamantino, nacarado, resinoso, ceroso ou gorduroso.

Propriedades mecânicas:

A clivagem corresponde à tendência de um mineral partir segundo direcções desenvolvendo superfícies de ruptura planas e brilhantes. Esta propriedade mecânica está relacionada com a textura do cristal e com as ligações químicas.

A fractura corresponde à tendência de um mineral se desagregar e fragmentar com superfícies mais ou menos irregulares, sem direcção privilegiada.

A dureza consiste na resistência que o mineral oferece ao ser riscado por outro mineral ou por determinados objectos. A estrutura e o tipo de ligações entre as partículas que constituem o mineral condicionam a sua dureza. Para determinar a dureza de qualquer mineral utiliza-se a Escala de Mohs.


Densidade:
A densidade de um mineral depende da massa atómica dos átomos que constituem o mineral, da distribuição espacial dos átomos, da pressão e da temperatura.


PROPRIEDADES QUÍMICAS:

A maioria das espécies minerais é constituída por dois ou mais elementos que se combinam entre si, de acordo com as suas afinidades químicas. Os minerais constituídos apenas por um elemento químico – elementos nativos – são raros. Estão neste caso o ouro, a prata, o diamante, o enxofre e o cobre.


A classificação de Dana e Hurlbut, de 1960, divide os minerais em oito grupos, de acordo com o anião dominante. O quadro abaixo esquematiza esta classificação evidenciando, ainda, a percentagem de espécies por grupo e a sua abundância na crosta terrestre.

Testes químicos que podem ser realizados para identificar os minerais.
Teste do sabor salgado para a determinação da presença da halite (NaCl).
Teste da efervescência pelo contacto com um ácido. Por exemplo, carbonatos como a calcite reagem com os ácidos libertando CO2, o que provoca efervescência. Este fenómeno ocorre a frio em determinados minerais e a quente noutros.
Teste do cheiro – por exemplo, o argilito e argilas cheiram a barro quando bafejados.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mineral
http://terra-online.blogspot.com/2010/02/propriedades-quimicas-dos-minerais.html

Reflexão:
As propriedades físicas e químicas caracterizam os minerais. Através dessas propriedades e utilizando chaves dicotómicas poderemos saber de que mineral se trata.

Notícia de uma derrocada

Não há arribas seguras mesmo se "fiscalizadas"
Só zonas balneares estão ao abrigo de imprevisíveis derrocadas na praia
2010-05-27
EDUARDA FERREIRA


As falésias algarvias andaram, nos últimos meses, sob exame de geólogos e outros especialistas. Muitas foram "esculpidas" para maior estabilidade ou deitadas abaixo em parte ou no todo. Tudo em nome da segurança do banhista, que deverá seguir os avisos.
Nem toda a praia é zona balnear. Esta é definida por critérios diversos, alguns de segurança. Uma zona balnear, a que acolhe toldos e chapéus de sol, está a distância suficiente de rochas para garantir que uma qualquer derrocada não atinja os veraneantes. E isso está assim definido nos Planos de Ordenamento da Orla Costeira porque ninguém, técnicos especialistas ou autoridades, pode garantir que uma falésia não se desprenda sobre o areal e, pior, sobre banhistas. A margem de incerteza quanto à segurança de uma arriba foi assim descrita ao JN pelo vice-presidente da Administração Regional Hidrográfica (ARH) do Algarve: "Tanto pode cair dentro de um segundo ou dentro de dez anos". Paulo Cruz acrescenta que as derrocadas "são fenómenos com muito baixa probabilidade de ocorrerem, mas o seu risco não pode ser totalmente eliminado". Para uma tal garantia, "só fechando as praias".
A derrocada de ontem na praia do Vau (ver reportagem na página seguinte) ocorreu numa zona não definida como balnear. Ainda assim, a falésia havia tido afixadas placas avisando do risco; contudo, o Inverno tinha-as destruído.
"Afaste-se das arribas mesmo que tenham sido monitorizadas", é o conselho adiantado pelo mesmo responsável, Paulo Cruz, aos veraneantes que demandem o Algarve, zona em que foi encerrada agora uma fase de monitorização e derrocadas controladas em 200 falésias situadas em 20 praias, uma tarefa que foi concluída há escassos dias. Em muitos dos casos o trabalho envolveu o desmonte de arribas para as tornar mais estáveis no seu formato. A acção das marés na base destas formações geológicas constitui uma das formas da sua fragilização.
Esta é uma tarefa que tem de ser permanente, porque os processos de erosão costeira não páram. Um Inverno e marés mais rigorosas, bem como a maior fragilidade de alguns tipos de rocha (como a calcária que predomina na costa algarvia) criam mais situações de derrocada iminente.
As intervenções feitas até agora no Algarve abrangeram 200 arribas em cerca de duas dezenas de praias. Os técnicos identificaram os pontos sensíveis, mas, afirma o vice-presidente da ARH do Algarve, não há meios de diagnóstico infalíveis. É que também "não há um aparelho que se use e que revele que uma falésia vai cair". Pode ver-se se houve desagregação recente, se a rocha está com fendas ou evidencia maior porosidade. Pouco mais. O resto é intervir por precaução, atitude que Paulo Cruz aconselha aos banhistas: "Afaste-se das arribas mesmo que estas tenham sido monitorizadas". Afinal, a mesma atitude que é pedida aos cidadãos em matéria de prevenção rodoviária ou saúde pública. "Ninguém pode garantir segurança absoluta. Ir para a sombra da arriba implica que se tenha a consciência de que tudo pode correr mal", sublinha o mesmo responsável.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1579183

Ocupação antropica e problemas de ordenamento

Devido ao elevado crescimento da população humana, várias zonas da superfície têm sido ocupadas. A ocupação antrópica pode provocar graves perturbações nos ambientes naturais e, consequentemente, fenómenos catastróficos. O avanço do mar em zonas costeiras, os deslizamentos de terra e as inundações são alguns dos exemplos das consequências da interacção Terra-Homem.
Para evitar que a ocupação antrópica crie mais problemas, é necessário definir regras de ordenamento do território, isto é, assegurar um processo de organização do espaço biofísico de acordo com as capacidades do referido espaço.
Agora vamos falar sobre cada um dos problemas provocados pela ocupação antrópica.

Bacias hidrográficas:
Desde os tempos mais remotos, os humanos ocupavam as margens dos rios, pois os rios eram utilizados como via de comunicação; utilização das águas para fins domésticos, agrícolas e industriais; e os solos das margens eram mais férteis devido à deposição de materiais transportados pelo rio.
Os rios como são correntes de águas superficiais cuja velocidade e área variam com o regime das chuvas, existindo assim vários tipos de leito: o leito menor (ou ordinário), o leito normal e o leito de cheia (ou de estiagem). O leito de cheia ocorre em situações de forte precipitação, inundando assim as habitações que se encontram junto à margem do leito normal. Em situações de forte precipitação, as habitações que se encontram nas margens são inundadas pois ocorre o leito de cheia.
Podemos ainda dizer que o conjunto de todos os cursos de água ligados a um rio principal constitui uma rede hidrográfica e que o conjunto de todas as redes hidrográficas constitui as bacias hidrográficas. A actividade geológica compreende a meteorização, a erosão, o transporte, e a sedimentação.


Zonas costeiras:
As zonas costeiras ou zonas da orla marinha caracterizam-se por uma intensa actividade geológica causada pelo mar.Importância das dunas litorais:
Impedem, naturalmente, o avanço das águas do mar para o interior dos continentes. Constituem ecossistemas únicos, de grande biodiversidade.
Abrasão marinha:
Erosão provocada pelo constante rebentamento das ondas, carregadas de partículas contra as rochas, funcionando como verdadeiras lixas.
Consequências da abrasão marinha:Modelação de formas como as cavernas, os leixões, os arcos litorais e as plataformas de abrasão (superfície aplanada e irregular situada na base da arriba, entre marés, onde se depositam detritos rochosos caídas da arriba).

Formas de deposição:
Os materiais arrancados pelo mar ou transportados pelos rios vão-se depositar originando as praias, restingas, ilhas-barreiras ou tômbolos. Nas praias com acumulações predominantemente de areias de grão fino e grosso, o movimento oscilatório das ondas marinhas provoca como que ondulação dos materiais arenosos. As praias são constituídas por acumulação de materiais transportados pelo mar, resultando de uma interacção entre a litologia, a forma da costa e a dinâmica das ondas.Podemos ainda observar as dunas litorais nas praias, resultantes da acumulação de sedimentos de variados tamanhos e formas. As dunas são um elemento importante pois impedem o avanço do mar para o interior e constituem ecossistemas únicos, de grande biodiversidade.


Evolução do litoral:A dinâmica das zonas costeiras é condicionada por fenómenos naturais e antrópicos.

Causas naturais:
Alternância entre regressões e transgressões marinhas, com variação do nível médio da água do mar;
· Alternância entre períodos de glaciação e interglaciação (acumulação de gelo no Hemisfério Norte e fusão desse gelo, respectivamente);
· Deformação das margens continentais devido a movimentos tectónicos, que podem levar ou afundamento e elevação das zonas litorais.

Causas antrópicas:
-O excesso da produção de CO2 provoca efeito de estufa, e consequentemente o aumento do nível médio das águas do mar;
-Construção de estruturas de lazer e recreio desordenada na faixa litoral;
-Diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral, devido à construção de barragens nos grandes rios;
-Destruição das defesas naturais devido ao pisoteio das dunas, à construção desordenada, ao arranque da cobertura vegetal, e à extracção de inertes, entre outros.

A ocupação humana nas zonas costeiras faz-se de forma desordenada, provocando alterações nos ciclos de abrasão (propiciando a erosão acelerada e avanço das águas do mar) e deposições marinhas que potenciam o risco geológico de desabamento de casas e edificações, ameaçando assim a vida humana e destruição de bens. Como consequências, também altera as rotas migratórias destruindo muitos habitats.

Obras de intervenção na faixa litoral:
-Construção de estruturas transversais (esporões) ou paralelas à linha de costa (paredões);
-Outras obras de engenharia comuns são os quebra-mares, esporões, paredões. Para além de dispendiosas revelam-se. Em regra, perigosas e nefastas para o litoral;
-Alimentação artificial em sedimentos em determinadas praias.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Zona_costeira

Ordenamento do litoral: Em Portugal têm sido implementados planos de ordenamento da orla costeira de forma a diminuir o risco de perdas humanas e materiais. A costa algarvia e a costa do Norte são as zonas mais preocupantes.
O plano de ordenamento tem como objectivos identificar as áreas de potencial risco, promover a reabilitação das áreas afectadas, requalificar as praias balneares, estabelecer regras para a utilização da orla costeira, recuperar as dunas, alimentar artificialmente as praias, estabilizar as arribas, construção de obras de protecção.


Zonas de vertente
As zonas de vertente são zonas de instabilidade geomorfológica, o que implica que os materiais geológicos situados nas zonas superiores tendam a ser mobilizados para zonas inferiores.
Estes movimentos devem-se à força tangencial da gravidade e a sua velocidade pode variar de muito pequena e imperceptível até movimentos extremamente rápidos, arrastando grandes volumes de sedimentos que, durante o seu transporte, arrastam construções e edifícios, provocando elevados prejuízos humanos e materiais.

Factores naturais que favorecem os movimentos em massa:
· Força da gravidade: importante no movimento descendente das partículas;
· Inclinação da vertente: quanto maior a inclinação, maior a probabilidade de movimentos em massa;
· Características da rocha: a água diminui o atrito entre as partículas, facilitando a sua desagregação. A quantidade de água nos terrenos é influenciada pela pluviosidade, mas também pela rega.

Alguns exemplos de factores podem conduzir, directamente, aos movimentos em massa são: a pluviosidade, as tempestades, a sismicidade e a acção do Homem.Acções que favorecem o risco geológico nestas zonas:
- Precipitação elevada: a água que se infiltra no solo, devido à sua forte capacidade de estabelecer ligações moleculares, permite manter um certo grau de coesão entre as partículas. No entanto, se a concentração de água for muito elevada, o volume desta aumenta e conduz à saturação do solo. A tensão exercida pela água é tal que leva a que as partículas desse solo se afastem (menor força de atrito), criando situações de instabilidade provocando o movimento de materiais ao longo dessa vertente;
- Acção antrópica: Destruição da cobertura vegetal – as raízes das árvores reforçam a coesão do solo e aumentam a força de atrito que contraria o deslizamento pela gravidade;
Remoção de terrenos para a construção de estradas e habitações – expõe as vertentes aos factores ambientais ou interrompe as linhas de água, aumentando risco de movimentos;
Regra excessiva na agricultura – a saturação de água dos solos facilita o seu deslizamento.
- Ocorrência de sismos e vibrações: faz com que as formações rochosas fiquem mais instáveis sofrendo derrocada;
- Tempestades nas zonas costeiras: provocam a queda de blocos, geralmente de grandes dimensões;
- Variações de temperatura: levam à contracção e dilatação dos materiais rochosos.
Medidas para minimizar o risco geológico nestas zonas:
Elaboração de cartas de risco geológico, de acordo com a probabilidade de movimentos em massa;

Execução de medidas de ordenamento que considerem as cartas de risco geológico;
-Elaboração de cartas de risco geológico, de acordo com a probabilidade de movimentos em massa;
-Execução de medidas de ordenamento que considerem as cartas de risco geológico;
-Implementação de mecanismos de contenção para os materiais geológicos (florestação de vertentes, muros de suporte, redes de contenção e pregagens) e de drenagem (permite escoar a água que satura os solos).

http://www.netxplica.com/


Reflexão:As zonas de vertente, os leitos de cheia dos rios e as orlas costeiras são zonas de elevado risco geológico. O homem constrói nessas zonas pois têm belas paisagens, prejudicando, assim, o ambiente e acaba também por pôr em causa vidas humanas. Assim, conclui-se que a ocupação antrópica do meio natural exige que se conheça a composição e as estruturas geológicas da área ocupada e ter parâmetros de previsão segura do comportamento dos materiais geológicos envolvidos.
Para combater estes problemas, a Geologia fornece informações sobre as variadas zonas e os seus comportamentos quando sujeitos á interacção humana.